quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Aventura (de uma adolescente)


Para onde vais, com tanta pressa?
Para onde levar-te-ão teus passos, incertos e sem rumo algum?
Para onde caminhas, se nem teu íntimo decifraste ainda?
Vais de encontro a mais problemas; já não basta os que tens?
Eis as dúvidas que me perseguiam, à minha existência.
Onde está o amor de tua vida? Achaste-o?
Descobriste o que querias?
Adquiriste o que esperavas?
São perguntas que me são feitas, e posso responder à todas.
Sim, achei o amor da minha vida. Um amor puro, sincero e completo.
Um amor que torna leves meus cargos, em vez de pesar sobre o meu coração.
Realiza-me, pois para mim ele é: um homem, um irmão e um amigo.
E acima de tudo, um amor.
Sim, descobri o que queria.
Convivi com orgulhosos, altaneiros, complexados, humildes, tolos.
Convivi com o perigo, a maldade, o fingimento, o amor, a honestidade.
Descobri, sim. A vida, o mundo, exatamente o que eu queria.
Sim, adquiri experiências valiosíssimas.
Adquiri um repertório que ninguém vai esgotar, nem mesmo eu.
Aprendi a viver com a vida, e o amor-próprio, a consideração, e o valor das pessoas, da vida, do mundo, da amizade.
Sim, eu fui feliz.
As coisas ocorreram como tinham de acontecer, e agora eu amadureci.
Reconheço agora o valor das coisas.
Agora, depois dos meus erros, meus desapontamentos e incertezas.
Agora eu vivo!
Foi para isso que meus passos apressados me conduziram, e agradeço a eles pela sua pressa, pelo seu rumo inexistente e pela sua incerteza.
Por isso eu não me arrependo jamais.
Para que esse gesto de covardia?
Para que esperar o tempo passar?
Sei que depois posso pensar de outro modo, mas se este pedaço de papel, com estas letras mal traçadas, representarão ânimo, coragem e confiança, no meu futuro.
(Mas, quem sabe o futuro?)


por: Edilene Barroso

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